Eu sempre achei que o tempo não existe, que ele é uma simples convenção da humanidade para separar o ontem do hoje e do amanhã, mas o tempo existe? Existe. Mas é tão infinitamente longínquo que na prática a minha idéia de que o tempo não existe não está tão fora da realidade. Da mesma forma que uma reta não existe se consideramos a imensidão do espaço e do tempo que naturalmente se curvam. Da mesma forma que o plano não existe, se considerarmos a circunferência do planeta. Em outras palavras algo que é observado ou sentido em pequeninas escalas é verdadeiramente diverso da realidade quando em escalas absolutas.
Por exemplo, o tempo do universo, ou melhor, o tempo em que conhecemos o inicio da expansão do cosmos o chamado Big Bang que teria ocorrido há aproximadamente 15 bilhões de anos (ou pretensiosamente: afirma-se 13,7 bilhões de anos atrás) é um tempo absoluto e imenso para a nossa realidade existencial irrisória, e isto se considerarmos todas as gerações de humanos, não só um homem. Vejamos com o esquema de escala que mencionarei.
Imaginemos que o tempo do universo fosse uma estrada. Desta forma poderíamos medi-lo em quilômetros, assim teríamos por exemplo para os 15.000.000.000 (15 bilhões) de anos uma escala que corresponderia a 15 quilômetros ou 15.000 metros ou 1.500.000 de centímetros. Poderíamos também colocar várias etapas da vida nesta estrada, desta forma: depois de percorridos aproximadamente dois terços (2/3) do caminho ou seja a apenas 1/3 do fim da estrada deste tempo surge o nosso sol, o nosso sistema planetário e os outros planetas próximos. Estamos a 4,5 quilômetros do fim da estrada que começou lá nos 15 km. Vamos agora “matar” bastante tempo desta estrada e irmos direto para a época dos dinossauros, na origem estaríamos +/- há 230 milhões de anos e na extinção há a +/- 65 milhões de anos de nossa época ou apenas insignificantes 65 metros de nossa era, algo que facilmente percorremos a pé, a distância de um poste de luz a outro. (note que os dinossauros estiveram no planeta durante +/- 165 milhões de anos).
Vamos agora falar do homem e suas origens há 3 ou 2 milhões de anos, que barbaridade de proximidade agora com o tempo ou com nossa estrada. Estamos há míseros 3 ou 2 metros do fim da estrada do tempo. Mas este homem era muito primitivo provavelmente estava vivendo na áfrica como um animal selvagem. Então vamos dar uma viajada bem grande e chegar ao homem que começa a sair da África indo para Ásia, Europa, Américas. Estamos agora a mais ou menos 200.000 anos atrás, coisa àbeça? Não. Não é nada… são “apenas” 100 vezes mais distante do que o tempo que Jesus esteve no planeta, os nossos 2.000 anos da era cristã. Mas agora estamos apenas 20 centímetros ou 0,2 metros do final da estrada do tempo. Há aproximadamente 30.000 anos encontramos algum registro dos nossos antepassados que deixaram marcas em cavernas, (pinturas rupestres) estamos agora a 3 cm do nosso momento ou do fim da estrada.
Para nos aproximarmos mais de nosso momento é melhor passarmos agora para os milímetros pois quando o mestre Jesus esteve por aqui há 2.000 anos, e para colocar isto na Estrada do tempo é melhor pegarmos uma régua pois teríamos que marcar só 2 milímetros ou 0,2 cm.
Mas na época de Jesus a humanidade não tinha os conhecimentos que possui hoje, naturalmente a humanidade evolui com o passar dos anos e desta estrada da vida, que se consideramos a época do renascimento, ou a época de Isaac Niwton, os anos 1650 de nossa era estaríamos agora a apenas 300 anos de nossa época e a quase imensuráveis 0,3 milímetros ou 1/3 de milímetro do fim de nossa estrada.
O que falar agora da época de nosso século passado quando tivemos o mestre do tempo-espaço o Sr Einstein (1905) há 100 anos ou 0,1 de milímetro um décimo de um milímetro do nosso tempo. E então a duração de nossa vida é algo realmente insignificante, neste contesto e nesta estrada do universo, o que seriam 10 anos de nossa vida? algo como 1/100 de milímetro, “caramba” já estamos precisando de um microscópio para ver estes 10 anos de nossa vida, e muito pior seria pensarmos em cada ano de nossas vidas 1/1000 de um milímetro, e se pensarmos em cada mês, ou cada dia, ou cada hora, ou cada minuto, ou cada segundo? É … volto ao meu pensamento inicial … “o tempo não existe”!
Abraços do Benito Pepe
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È meu amigo Benito! Nesta espinhosa caminhada na estrada da vida, vemos que o tempo passa e leva com ele o que restou de belo e romântico, em nossos pensamentos de sonhador. Para mim o tempo existe sim, e é ele, o grande e majestoso responsável pelo inicio e o final de todas as coisas existente em nosso mundo. Como contra a força do progresso não existe retrocesso, pois não podemos caminhar para traz e retroceder no tempo, e muito menos ficarmos estagnados, sem avançarmos no tempo. Pois aí, os caminhos das nossas vidas estariam irremediavelmente estacionadas. Tudo evolui no tempo, tudo caminha com o tempo, existe tempo para tudo, é só sabermos dividir as coisas nos seus tempos certos. Na estrada do viver do nosso tempo, aqui neste planeta encontramos de tudo, felicidades, alegrias, tristezas, sofrimentos, amamos somos amados, muitas vezes até odiados, mas com certeza vale a pena caminharmos na estrada da vida e do tempo até o nosso momento derradeiro, principalmente se tivermos consciência do nosso dever cumprido para com Deus e nossos semelhantes. Confesso que escolho os textos onde existem um pouco de reflexão para comentar, deixando de acompanhar a excelente evolução de textos modernos deste site, pois me foge o conhecimento de assuntos relacionados dentro da sua filosofia, não por culpa do site. E sim por eu não poder acompanhar o cotidiano dos seus maravilhosos ensinamentos e sábios esclarecimentos para aqueles que estudam as suas matérias. De qualquer forma, nesta estrada da vida quero deixar um grande abraço ao amigo. J.M.Dias