Nestes próximos Tópicos mencionaremos os vários fatores que oriundos dos ambientes: tanto o físico como o social e através de nossos estudos bibliográficos, nossa experiência empresarial e de pesquisa em campo, verificamos que podem influir nos relacionamentos interpessoais e no marketing interno nas empresas.
Comentaremos o que foi observado nas pequenas empresas em que estivemos visitando e entrevistando os seus colaboradores e o quadro de pessoal, além de relatarmos sugestões apresentadas e que acreditamos sejam pertinentes.
3.1. Motivação ou Não, Causada pelo Ambiente de Trabalho
A verdade é que o ser humano é biopsicossocial e a felicidade é uma interação complexa desses fatores. A capacidade de ser feliz tem a ver com a cultura familiar. É na família que as pessoas aprendem a ver a vida de forma otimista ou pessimista. (p.27).
Existem várias teorias que retratam as necessidades e motivações humanas, a hierarquia das necessidades de Maslow, é uma das mais apresentadas por vários autores, porém é bom lembrarmos que na prática, as teorias para a motivação possuem pontos divergentes e convergentes, devemos aqui mencionar as afinidades entre as teorias e como citado por Robbins (2002), Maslow diz que existe uma hierarquia das necessidades humanas e que quando uma necessidade é satisfeita logo surge outra que toma o seu lugar.
A busca pela satisfação das necessidades humanas podem ser ótimos motivadores, porém estas mesmas necessidades não satisfeitas também são inibidores de comportamento, podendo levar a: desorganização de comportamento; agressividade; reações emocionais; alienação e apatia. Em outras palavras cabe a empresa gerir as condições para que as necessidades de nível baixo possam ser sanadas da melhor forma possível, ao mesmo tempo incentivar os colaboradores para que supram as necessidades de nível mais alto.
Como vimos, e também comenta Chiavenato (2000)
A motivação se refere ao comportamento que é causado por necessidades dentro do indivíduo e que é dirigido em direção aos objetivos que possam satisfazer essas necessidades.(p.161).
O homem é considerado um animal dotado de necessidades que se alternam ou se sucedem conjunta ou isoladamente. Satisfeita uma necessidade surge outra em seu lugar e, assim por diante, contínua e infinitamente. As necessidades motivam o comportamento humano dando-lhe direção e conteúdo.(p.128).
Embora a teoria de Maslow seja uma das mais apresentadas por diversos autores, há um ponto em que nos permitimos descordar desta teoria, quando diz que existe uma escalada em que as pessoas teriam que satisfazer um nível de necessidades para depois buscar outro mais alto. Ao contrário, neste ponto, concordamos com a teoria ERG de Clayton Alderfer, apresentada por Robbins que afirma que uma pessoa pode buscar a satisfação de necessidades em diversos níveis diferentes sem a necessidade de escalar etapas consecutivas. Como comenta Robbins (2002)
Uma pessoa pode, por exemplo, estar trabalhando em seu crescimento pessoal, mesmo que necessidades de existência ou relacionamento não tenham sido ainda atendidas; ou as três categorias podem estar operando simultaneamente. (p.157).
Os homens apesar de serem animais racionais muitas vezes agem tomados pela emoção, existem muitos exemplos destes fatos que assistimos na mídia quase que diariamente onde vemos situações em que homens matam homens por nada e outras situações em que homens salvam homens arriscando a sua própria vida, está ai um dos paradoxos da humanidade.
Quantas vezes vemos pessoas que mal sabem nadar se jogando em um rio no momento de uma enchente a fim de salvar um outro ser vivo que lá caiu e está sendo carregado pela correnteza. Em uma situação antagônica assistimos homens em uma partida de futebol por causa de uma rivalidade esportiva, sem escrúpulos racionais, matar um semelhante o espancando até a morte.
Falando-se mais objetivamente com relação à empresa e no ambiente de trabalho existem também situações em que os homens se comportam com este padrão dualista.
Não cheguemos ao extremo dos exemplos citados acima, onde fatalidades ou risco de vida por um semelhante ocorrem, mas salvo as extremidades podemos observar, com relativa freqüência, disputas nos ambientes de trabalho onde pessoas podem colaborar com muito prazer e motivação quando o objetivo final o satisfará e ao contrario podem também “puxar o tapete” quando se percebe em um suposto risco, procurando assim derrubar o colega até mesmo com a pretensão de tomar o seu lugar.Abraços do Benito Pepe
No Próximo tópico: Motivação na Pequena Empresa e a Influência do Ambiente Físico