Quando falamos em Preço, precisamos lembrar dos 4ps do Marketing, ou melhor podemos incluir um quinto “P” e que sem dúvidas é o mais importante e ao mesmo tempo o mais “problemático” e impactante de todos os “p” é o P do “Pessoal”. Na maioria das empresas teremos sempre o “P” da Praça, que é a localização da empresa o “P” do Pessoal, mencionado acima, o “P” da Promoção ou Publicidade, o “P” do Produto ou serviço fornecido, e por fim um dos “Ps” mais preocupantes e que também pode ser um dos diferenciais de uma empresa, o “P” do Preço. Será mesmo a Formação de Preços um momento importante dos 4ps? vejamos…
Muitas empresas tomam o Preço como fator de diferenciação, mas isso ocorre não só para os preços mais baixos. Ocorre também com as empresas que têm como diferencial o preço mais elevado e portanto prezam a qualidade máxima e um público muito mais exigente e não preocupado com preço.
Hoje em dia com tanta facilidade à informação, com fácil acesso à Internet e demonstrações claras e transparentes de todas as empresas via “Web”, é muito mais acirrada essa concorrência quanto ao Preço, e as empresas procuram disponibilizar para seus clientes a menor margem possível de lucro, algumas de maneira equivocada, trabalham com preços incapazes de compor suas planilhas de custos, isso porque estão pensando só na concorrência, depois constatarão e contabilizarão seus prejuízos…
Fixar preços através do mercado e para não perder mercado, pode ser um “tiro pela culatra”, o ideal é sempre analisar os custos e a qualidade do serviço e/ou produto oferecido, atendimento, localização, publicidade, pessoal. Enfim uma soma de fatores deverão ser levados em conta para formar o Preço. Portanto a formação de preços é sim um momento importante dos 4ps, mas precisa de muita atenção.
Este assunto foi tema de debate em uma de nossas reuniões do grupo relaciono, onde empresários de diversos setores se reúnem para trocar informações e criar relacionamento. Nessa reunião se questionou se devemos ou podemos praticar preços mais baixos. E o consenso foi de que esporadicamente e em situações adversas podemos, após verificar que nossos custos foram cobertos, praticar descontos a fim de conquistar e/ou manter novos clientes. Mas note que é preciso cobrir os custos. É bom lembrar que há empresas que “investem” nos preços como se fosse uma “propaganda” uma promoção de sua empresa e de seus produtos, exemplos como esse foram e são praticados por algumas companhias aéreas que promovem promoções de tarifas aéreas que valem por pouco tempo e é só para alguns clientes que conseguem acesso e aquisição da passagem. O efeito é o famoso boca a boca e a divulgação do nome da empresa. Essa é uma estratégia de marketing.
Há também as empresas que entram no mercado de maneira agressiva com preços que “derrubam” a concorrência e pagam, literalmente pagam para ganhar uma fatia do mercado. Nessa batalha é importante saber até onde você pode ir…
Às vezes pensar muito no concorrente faz esquecermos do nosso trabalho e dos nossos diferencias que, como dissemos, nem sempre estão no preço. Quais são os nossos diferencias? O que faz nosso produto custar o que ele custa? Essas são questões que devemos refletir e fazer com que nossos clientes reflitam e percebam.
Foi também levantada a questão do preço do concorrente desleal, preço este que faz com que as boas empresas “percam” seus clientes maleáveis. Para essa questão levantou-se a hipótese de se pensar até onde podemos ir nessa briga de preços. É interessante mantermos alguns clientes, e arriscarmos não poder atender a outros? Às vezes é melhor oferecer um diferencial que não o preço a fim de mantermos nossos clientes…
Há momentos que podemos praticar preços promocionais a fim de gerar recursos e/ou capital de giro dispensando a capitalização no mercado financeiro onde os juros muitas vezes são exorbitantes. Mas neste caso a política de preços é esporádica e ocasional.
Os preços também podem ser oferecidos de maneira promocional a fim de manter a fidelidade de nossos clientes, e neste caso, há uma oferta com prazos contratuais. Nessa hipótese lembramos o velho dilema: “é mais fácil manter um cliente antigo do que conquistar um novo”.
Um ponto interessante e que acolhe não só nossos clientes como ajuda a conquistar novos clientes é o incentivo a indicações por parte de nossos clientes e amigos, gratificando os amigos que indicam amigos…
Há também momentos de situações econômicas melindrosas em que o preço é fundamental. Nessas ocasiões precisamos negociar também com nossos fornecedores, é bom lembrar que temos clientes mas também somos clientes uns dos outros.
Muitas vezes o preço depende do relacionamento, o valor do preço é resultado de um bom trabalho de atendimento, ou seja do relacionamento com o cliente.
Então, sem dúvidas um dos maiores investimentos que qualquer empresa deve fazer é investir no seu “P” mais importante o Pessoal, e aí sim treinar e treinar para um bom Atendimento Diferenciado, Cortez, Amigável, Simpático e com conhecimento técnico, das características do produto e acima de tudo dos benefícios do seu produto e/ou serviço.
Preço não é tudo! E muitas vezes é um dos últimos fatores que os clientes de maior exigibilidade vão analisar e muitos nem o fazem, desconsideram a questão do preço. Portanto caro colega pense antes de formar seus preços.
Podemos definir nossos preços, pensando no nosso público, e podemos pensar no nosso público ou melhor no público que queremos ou podemos ter pensando no nosso preço.
E então a Formação de Preços um momento importante dos 4ps ? Deixe seu comentário…
Abraços do Benito Pepe
Estudo PP há 3 semestres, e concordo com o post. Muitas empresas acham que estratégia de marketing é só preço, e todos sabemos que não é bem assim. Devemos observar qual o público alvo e qual o P que eles consideram mais importante, como citado a classe alta não se importa tanto com o preço, e sim o com o “Pessoal”, ou seja, com o atendimento.
Olá Cintia, obrigado pelo comentário. Você resumiu bem uma das ideias do texto. Volte sempre para outros comentários.
Abraços do Benito Pepe