Este texto que segue foi recomposto por mim, mas é um tema originário do amigo José Maria dias a quem devo os créditos. O Caminho para Deus e a Verdade quando se Fala em Religião é tema para reflexão.
Vamos pensar e refletir um pouquinho sobre o porquê das diversas denominações religiosas e da divisão até mesmo dentro do Cristianismo. Sabemos que há milhares de religiões espalhadas pelo mundo a fora. As proporções são mais ou menos as seguintes:
1. Cristãos, perfazem um total de 2,2 bilhões de seguidores no mundo, se baseia na vida e nos ensinamentos de Jesus Cristo narrada por seus discípulos, os ensinamentos estão basicamente no Novo Testamento da Bíblia Sagrada. Todavia os Cristãos, seguidores de Cristo, estão divididos em denominações diferentes. São elas: 1.1. Católicos com mais ou menos a metade de todos os Cristãos, algo como 1,1 bilhão de seguidores; os Ortodoxos estão focados no oriente, são eles católicos russos e a católicos ortodoxos, ambos têm afinidade com a Igreja Católica Apostólica Romana. 1.2. Protestantes Evangélicos em uma quantidade de aproximadamente 33.600 denominações diferentes totalizam a outra metade, ou seja, 1,1 bilhão. Juntos, Católicos e Protestantes perfazem 33% de pessoas seguidoras da doutrina Cristã no mundo, os outros 66% estão divididos entre outras religiões não cristãs.
Assim “apenas” 1/3 do Planeta é de Cristãos e estão concentrados em sua grande maioria no mundo ocidental, principalmente na Europa, América, Austrália e África do Sul. A maioria dos religiosos no mundo, os outros 2/3 são de não-cristãos. De qualquer maneira Cristãos e mulçumanos são monoteístas, ou seja, acreditam em um único Deus. Estes perfazem aproximadamente 53% do Planeta religioso.
2. Islamismos (Mulçumanos) com aproximadamente 20% da população mundial. É uma das religiões que mais cresce no mundo atualmente. É também um sistema que monitora a política, a economia e a vida social. Seu livro sagrado é o Alcorão.
Outro fato que ocorre no mundo é que ele, quase sempre esteve dividido. Em época recente do pós-guerra tivemos dois blocos: os Capitalistas liderados pelos EEUU, e os Socialistas ou Comunistas liderados pela Rússia ou antiga União Soviética. Agora temos um embrião em desenvolvimento muito acelerado que germina nova divisão: o mundo ocidental, Cristão e o mundo oriental Mulçumano, ambos monoteístas. Será que o Deus mulçumano não é o Deus dos Cristãos?
3. Hinduísmo, com quase um bilhão de fiéis, é a terceira maior religião e a mais velha do mundo. A religião se baseia em textos como os Vedas, os Puranas, o Mahabharata e o Ramayama.
4. Religiões Chinesas com ½ bilhão de seguidores.
5. Budismo com quase ½ bilhão de fies. De maneira similar ao Cristianismo, seus discípulos escreveram acerca de suas realizações e ensinamentos para que seus posteriores fiéis pudessem conhecê-lo.
6. Judaísmo: teve início na Palestina, ainda no século XVII a.C., seu patriarca é Abraão. Atualmente só possuem 14 milhões de seguidores no mundo. O judaísmo é a Religião que “deu origem” ao Cristianismo. Os primeiros Cristãos, em sua maioria, eram Judeus.
7. Religiões Espíritas e/ou Afro-descendentes. Poderíamos incluir aí também as religiões ameríndias e outras afins. Há também um número bem grande de seguidores destas religiões no mundo.
Agora vamos lembrar o que diz a mais recente constituição do Brasil de 1988. No Art. 5, parágrafo VI, reza o seguinte, “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida na forma da lei, a proteção aos locais de cultos e suas liturgias”.
Temos que refletir outra questão: será que a nossa religião Cristã é a única correta? As outras denominações pelo mundo a fora estão todas equivocadas? Bem, além desse questionamento e reflexão gostaria de lembrar que nós, do mundo ocidental, somos na imensa maioria Cristãos, seja lá de qual dos milhares de denominações formos… Lembrando ainda que a cada dia surge uma “seita” nova se dizendo cristã. Outro fato é que esse mundo que se diz Cristão defronta-se com um paradoxo: cria leis e normas não cristãs. Para ver mais sobre este tema leia o texto: “O mundo que se diz Cristão e suas leis não cristãs”.
Vamos avante, este mundo “do lado de Cá” quer impor suas normas e leis e religião ao “mundo de lá”. Será que isso está correto? Quando impusemos nossa religião, aos índios, aos africanos escravizados na América por nós cristãos e aos povos da América latina como os descendentes dos Incas, etc. Estávamos certos em fazê-lo? Ainda mais pela força? Daí surge um dos motivos do Sincretismo religioso…
Gostaríamos agora, para completar este texto, de ouvir você nosso leitor que terá o livre arbítrio de se manifestar, sobre o que é, e como ou porque surgiram as várias religiões, e se são os verdadeiros caminhos para a vida eterna. Sabemos que cada religião tem o seu “sacerdote”, que prega sua doutrina litúrgica de acordo com sua “Bíblia” ou seu “livro sagrado”. É bom lembrar que cada “livro sagrado” correspondente a uma religião, e muitas vezes têm seu conteúdo particular para ser pregado de acordo com sua doutrina. Afinal, de qual delas provém o verdadeiro caminho para Deus? Será que este caminho é único, só há uma opção?
Todos os fiéis que seguem uma religião vão em busca de lenitivos para sua alma e soluções para seus problemas, além de procurar o caminho para sua salvação eterna – referimo-nos às religiões e crenças que pregam a vida eterna. Os Cristãos, por exemplo, vão dizer que o caminho é um só, Jesus Cristo. “Eu Sou o Caminho a Verdade e a Vida, Ninguém vem ao Pai se não por mim”. Disse Jesus. No entanto cada religião diz que há um caminho, e há uma metodologia a ser seguida. Pense bem! Se o principal objetivo dos “Sacerdotes” que pregam as diversas palavras fosse tão somente a salvação, por que então as diferentes religiões e/ou denominações não fazem as pazes e trabalham juntas? E por que os Cristãos, que estão divididos entre milhares de denominações espalhadas pelo mundo a fora e ensinam que o verdadeiro caminho é o Senhor Jesus Cristo, Não estão em unidade? Por que há tanta separação entre os próprios Cristãos? E por que nós cristãos nos julgamos o único caminho para Deus?
NB: FAÇA SEU COMENTARIO RESPEITANDO O QUE DIZ O ART. 5 da constituição.
Abraços do Benito Pepe
Olá meu irmão: É bom que se diga de início que Jesus Cristo, jamais pregou Religião na sua passagem por este planeta. A religiosidade brasileira é peculiar e define bem a natureza do País. Somos o País do sujeito que se diz religioso, sem a menor sombra de dúvida, mas só vai a missa do galo, mesmo assim, levado pela sua mulher, não tem noção do que é pecado; escolhe dos mandamentos, o que quer ou não cumprir, excluindo sempre o sexto e o nono evidentemente. Decide sempre no que vai acreditar, mais ou menos. Mas que é, religioso é. Numa religião sem trágicos traumas da morte. Nossa religiosidade é menos envolvente que outras culturas ocidentais, vejamos alguns fatos. Nos Países Anglo-saxões, por exemplo. A ação de graças antes das refeições, quer na família, quer em público, é obrigatório entre nós quase inexistente. Cada sacerdote ensina o que está escrito em suas Bíblias, será que são os verdadeiros pergaminhos? Vejamos! No livro de Levítico cap. 20:10 reza o seguinte:”HAVENDO O HOMEM ADULTERADO COM A MULHER DO SEU PROXIMO, CERTAMENTE MORRERÁ O ADÚLTERO E A ADÚLTERA’ .Em João 8:7. Quando Jesus estava sentado numa pedra, chegaram uns fariseus trazendo uma mulher, dizendo ‘MESTRE ESTA MULHER FOI PEGA EM FLAGRANTE ADÚLTERIO’ Pela lei de Moisés tem que ser apedrejada até a morte. Ora! mulher sozinha não comete adultério, cadê o homem, Fugiu? Em nossa religiões, Deus é camarada, é quase um membro da família. Por isso é diferente nossa visão do castigo divino. Existe uma religiosidade profunda no povão, em especial nas camadas mais pobres, aquelas que sentem as agrurias do cotidiano, são os que tem maior demando de solidariedade. Mas, para entender um mundo tão difícil e tão fracionário, talvez uma interpretação mágica não seja inferior à tanta falsa racionalidade e tanto de palavras que se vê por aí. Se o objetivo das religiões é exclusivamente a salvação da humanidade, ou pelo menos educá-la para este fim, porque os sacerdotes que as manipulam, e se dizem donos da verdade, não fazem igual ao Mestre que pregava, A CARIDADE, A FÉ E O AMOR FRATERNO?. E mandou à seus discípulos dá de graça o que de graça receberam. Havendo paz entre as religiões, certamente,que as guerras, miséria, a fome terminariam, e se também o egoísmo humano tivesse fim, e os seres humanos entendessem, que o tesouro aqui na terra, o ladrão rouba, e a traça corrói, e que daqui nada levamos, pois o pó de nada precisa…
Meu nobre e sábio amigo, muito bom esse comentário ehm? Aliás, não posso chamá-lo de comentário e sim complemento ao nosso texto que, vamos chamar assim, fizemos em quatro mãos.
Você está certo ao pensar nesta “necessidade” de unidade entre as religiões, mas isso é algo difícil e muito complicado mesmo. Sabe por quê? Um dos problemas é que a religião cristã, por exemplo, vem das raízes judaicas e esta, como se sabe tem um pé muito forte dentro do Financeiro. Veja a importância que se dava à formação da fortuna no antigo testamento. Daí hoje ter uma quase infinidade de denominações chamadas cristãs que seguem esta mesma linha: o pensamento da fortuna e que seus membros busquem a prosperidade. Estas seitas defendem uma permuta com Deus, “dá para Deus” que ele vai te multiplicar… Essas denominações fazem uma apologia da riqueza. A propósito ter membros ricos é mais interessante, não é mesmo? 10% de pouco é pouco, agora 10% de muito é muito.
Essa defesa da vida em “abundância” ou da “prosperidade” é algo sumamente ocidental e capitalista. Às vezes eu fico pensando filosoficamente: “o cristianismo é uma religião que nasceu para ser “particular” e não universal”. Sabe por quê? Porque se todo o povo seguisse a orientação literal do nosso grande mestre, nós viveríamos um comunismo, no sentido mais gostoso da palavra: viver em comunidade, em com unidade. Jesus disse, “vai vende tudo o que tens e me segue”. Evidentemente a pessoa que vendia tudo o que tinha deixava o seu dinheiro com a comunidade cristã e viviam ali juntos compartilhando aquilo que tinham…
O problema surge no momento em que, se todos fizessem o mesmo, fossem vender tudo o que tinham e partissem para viver em comunidade, ia chegar um momento em que não haveria mais compradores, pois todos estariam querendo vender, não comprar…
Dessa maneira, meu caro amigo Dias e amigos leitores, o Cristianismo nasce com um pensamento particular, não universal. Outro ponto importante é que o capitalismo no mundo ocidental deve grande parte de sua fomentação às igrejas protestantes da linha cristã. Notamos claramente grandes países capitalistas do mundo que são sumamente cristãos, por começar logo pelo Tio Sam (Estados Unidos da América), depois podemos ver “seu pai” a Inglaterra, a Alemanha (onde começa o protestantismo), e tantos outros de linha Cristã protestantes. Um dos problemas que vejo aí é que alguns dos países mais Cristãos do mundo como são estes casos, não propagam em suas leis e normas a fé Cristã. Como disse antes veja meu texto > https://www.benitopepe.com.br/2009/12/18/o-mundo-que-se-diz-cristao-e-suas-leis-nao-cristas/
È isso ai amigo religiões à parte. Ora que a coisa melhOra. Ou Ora que a Hora chega…
E por enquanto respeitemos todas as denominações religiosas, seus múltiplos pensamentos e diversidade de interpretações. Quem está certo? Há uma única religião certa? A unidade seria linda, mas será que ela ocorrerá?
Abraços do Amigo Benito Pepe
Boa Noite, Meu nome é Leonardo, e sou cristão desde de que nasci. Atualmente tenho 17.
Sempre intrigado em conhecer coisas novas, lendo cada vez mais, querendo enaltecer o meu conhecimento, pois como um grande homem me disse uma vez, “a única coisa que não pode ser roubado do homem, é o conhecimento”. Mas, é relevante que a toda hora descobrimos coisas novas, mudando a nossa opnião sobre determinando assunto.
Vejo a nescessidade não de “comentar” o que acho errado na religião dos outros, e sim na obrigação, de entende-las, toda via, no evangélio que tento viver me diz em Matheus 7:5 ” tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”.
Enfim, Deus continue te abençoando, e sábias palavras foram ditas até aqui, tem me ajudado muito a entender os assuntos sobre religiões, mas, não somente isso, a aprender mais sobre a Vida.
Olá Leonardo Santos. Obrigado por este teu lindo e independente comentário, gostei muito mesmo! Você ainda que bem jovem, me parece um cara inteligente e de bom senso. Lembra-me muito a minha época, quando eu tinha a tua idade e fazia coisa parecida, lia muito sobre as diversas religiões, procurava compreende-las por seus pontos de vista e evitava criticá-las, embora isso na realidade seja difícil, pois somos embriagados por nossos pastores ou padres ou seja lá o líder que temos em nossa religião. Quando não é o líder são os próprios membros de nossa igreja que são fanáticos e não estudam outras experiências religiosas, mas tão somente a sua própria denominação, pior é quando nem isso fazem, o que não são poucos, não estudam e criticam como se religião fosse um time de futebol.
Você tem razão quando lembra a palavra em Mateus “tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”.
É isso mesmo Leonardo, estes “embriagados” estão cegos e querem conduzir-nos pelo caminho que eles mesmos desconhecem.
Por fim sinto-me feliz em poder estar contribuindo com tua formação em “aprender mais sobre a Vida”.
Esteja à vontade para ler e comentar outros textos, será um prazer telo como um comentarista assíduo, ok?
Abraços do Benito Pepe
o primeiro comentário de José Maria Dias é uma cópia vergonhosa de um texto que Roberto Campos escreveu para Veja 25 anos.
Falar sobre religião, usando texto alheio, sem dar crédito ao autor, misturando-o com o seu, é, no mínimo, vergonhoso. Bah…