Cuidado com os negócios que parecem um tipo de monarquia, em que reis estão muito cientes do seu poder e não executam nada. Estes tendem ao fracasso. Destacaremos As qualidades de um Líder e o Saber Lidar com Conflitos.
As pessoas que teoricamente têm o poder não conseguem liderar a mudança se não partilharem com a organização. Mas diariamente os líderes enfrentam a dificuldade de conseguir levar as pessoas a fazerem o que consideram que deve ser feito. Ou seja, o processo para a Eficácia, passa pela Eficiência. Vamos ver alguns desses pontos.
As Sete qualidades de um Líder
Para que a organização acompanhe a mudança, os líderes devem dominar sete capacidades essenciais:
1. Olhar para além das suas fronteiras para descobrir o que de diferente pode ser feito. Demasiadas organizações avaliam-se por comparação com o seu desempenho no passado ou com o desempenho atual da concorrência. Os líderes da mudança estão antes na senda de um padrão de excelência. Nas suas empresas há uma insatisfação permanente que é o motor da procura de melhores formas de fazer as coisas, melhorando o fosso entre o que fazem e o que poderiam fazer;
2. Desafiar as assunções. Os novos líderes da mudança procuram descobrir novas vias. O seu pensamento é como um caleidoscópio: juntam os mesmos fragmentos de forma diferente para dar origem a novos padrões, a algo inovador. Foi o que fez Fred Smith ao lançar a Federal Express; ou a Intel, que inovou também no marketing, conseguindo fazer com que um componente (o processador) seja mais importante do que o próprio computador, com a campanha “Intel inside”;
3. Visão. Martin Luther King, um bom exemplo de liderança, apregoava: “Eu tenho um sonho”, não dizia: “Tenho algumas ideias, podemos formar um comitê, estudá-las e ver se resulta.” Moisés conduziu o seu povo pelo deserto durante 40 anos porque tinha uma visão, uma terra prometida para lhes oferecer. A visão ajuda a ultrapassar as dificuldades e dá um retrato geral de onde a organização quer estar no futuro;
4. Reunir aliados. A importância de formar uma coligação de “apoiantes” é óbvia e confirmada pelas pesquisas: as organizações que implementam as ideias mais rapidamente são as que envolvem todas as entidades que têm interesse na empresa (empregados, clientes, fornecedores, acionistas) o mais cedo possível. Mas este é também um dos aspectos mais negligenciados pelos líderes;
5. Criar uma equipe. O papel do líder é apoiar a equipe de entusiastas, sendo um fiscal de linha e não um treinador. Deve lutar junto do resto da organização para conseguir os recursos: espaço, informação e recursos materiais, para que a equipe possa desenvolver o seu trabalho;
6. Persistir e Insistir. A mudança é uma tarefa árdua e, no princípio, tudo parece um fracasso. Mas se desistir quando os problemas se acumulam e os recursos, energia e tempo começam a escassear, então será mesmo um fracasso. Se persistir será um sucesso. A Philips, por exemplo, desenvolveu o Compact Disc antes da Sony, mas desistiu desse produto precocemente. E quem ganhou com isso foi a Sony.
Nesta fase, a coligação de “apoiantes”, perseverantes, pode desempenhar um papel importante. É nesse momento que os críticos atuam, até agora eles acalentavam a esperança de que a ideia não passasse de palavras;
7. Partilhar os Méritos. Mesmo que a ideia inicial seja sua, o líder da mudança deve repartir os créditos. As pessoas precisam saber que são reconhecidas. Precisamos lembrar que as ideias são sempre aperfeiçoadas, desta maneira, de fato o mérito deve ser compartilhado.
Muitas vezes é difícil compartilharmos os méritos, mas o bom líder sabe que os méritos devem ser compartilhados e os fracassos devem ser assumidos. Uma boa equipe comemora a Vitória com entusiasmo e as Derrotas com proeminência, prontos para a “virada do jogo.” Quando o líder assume seus erros a equipe vai junto e o apoia. Quando o “líder” joga a culpa para outrem a equipe se esmorece.
Por que lidar com conflitos?
Nesse novo milênio, a capacidade de administrar conflitos é concebida como uma prática interpessoal extremamente importante que precisa ser altamente desenvolvida, principalmente por três motivos:
1 – Para gerenciar mudanças. As empresas estão mudando a um ritmo mais frenético do que nunca. Embora algumas empresas estejam crescendo, outras estão diminuindo. Mas sejam quais forem as mudanças, elas normalmente anunciam o aparecimento de diversos tipos de conflitos.
2 – Para entender diferenças culturais. Nesse novo milênio onde a globalização já é realidade, observa-se uma tendência nos ambientes de trabalho a empregar cada vez mais pessoas culturalmente diferentes. Com isso, sua capacidade de aceitar, entender e responder de maneira positiva aos diferentes valores culturais vai se tornando cada vez mais proeminentes.
3 – Para se tornarem membros ou líderes de equipes eficientes. Nos últimos anos, o conceito de equipe foi ampliado e renovado. Com o surgimento de conceitos como o de Gestão da qualidade Total (QTM), passou a ser dado um enfoque muito maior à formação de equipes. Sabemos que o trabalho em equipe gera conflitos, mas o resultado final é um importante aspecto a ser considerado. Daí surgir um questionamento: o conflito foi tratado adequadamente ou sua administração feriu o objetivo geral da equipe?
Por que, então, lidar com o conflito? Resumindo: sem a capacidade de administrar conflitos, você não pode ser bem-sucedido em sua organização. Seja qual for o seu cargo, membro do pessoal de apoio ou da gerência, membro ou líder da equipe, sua capacidade de administrar divergências de maneira eficaz é um fator decisivo para o seu sucesso pessoal e profissional. Então mãos à obra e procure desenvolver suas sete capacidades essenciais. Boa sorte! E bom aprendizado com os conflitos…
Abraços do Benito Pepe
muit bom!
Obrigado
Abraços, Benito Pepe