Esta é uma reportagem feita por Matheus Lopes, pelo qual eu tive o prazer de ser entrevistado e colaborar com a mesma. At. Benito. Então. Todas as mulheres ganham menos que os homens?
A questão das desigualdades salariais entre homens e mulheres é amplamente divulgada como uma discriminação sexista. O estudo do IBGE chamado “Mulher no Mercado de Trabalho: Perguntas e Respostas” mostrou que mulheres ganham em média 72,3% do salário recebido pelos homens. Pode ser que estejam no mesmo cargo e tenham a mesma escolaridade, mas ainda assim os salários dos homens continuam maiores.
Mas a situação não está totalmente desfavorável para as mulheres. A empresa Catho Online divulgou que, em 2012, mulheres já são maioria nos cargos de Coordenador e Encarregado (64,17% e 55,79%, respectivamente), além de estarem quase tão presentes quanto homens em cargos de Supervisor (48,13%). A mesma empresa também mostrou que, em corporações de pequeno porte, há um maior número de mulheres em cargos mais altos como Presidência e Diretoria, se comparados aos das empresas de médio e grande porte.
Porém, a pesquisa do IBGE também mostra que mulheres trabalharam em média, 4,2 horas a menos que os homens em 2011. E que apenas 4,8% delas queriam trabalhar mais horas semanais. Até mesmo em atividades domésticas, frequentemente associadas às mulheres, os homens têm trabalhado mais. E a diferença registrada foi de quase 7 horas a mais de trabalho para eles. É nítido que há números pra mostrar algumas realidades: que mulheres em geral não trabalham tanto tempo quanto os homens e que, quando trabalham, recebem menos.
Para o empresário e administrador Benito Pepe, a discriminação está ligada aos papéis sociais vinculados à mulher ao longo dos tempos, quase sempre subalternos e submissos. “Na Grécia, mulheres não eram consideradas cidadãs. Com a força da Igreja na Idade Média, mulheres eram orientadas a cuidar do lar e dos filhos. Há pouco tempo, não podiam votar.”
Na Administração há um conceito chamado “capital humano”, que consiste em atribuir a cada indivíduo um valor a ser utilizado para o crescimento da empresa. Benito acrescenta que isto não tem a ver com diferenças salariais e diz respeito a atributos como conhecimento e experiência, que tanto homens quanto mulheres podem ter.
Para Pepe, é de se levar em conta que mulheres grávidas possam causar certo impacto econômico dentro das empresas. Um empresário precisaria contratar uma substituta para a função da gestante; do contrário, outras pessoas ficariam sobrecarregadas no setor onde esta mulher estiver ausente. Não é um impacto tão significativo em grandes empresas, mas sim em pequenas e médias.
O empresário faz uma previsão otimista para as mulheres: “Possivelmente haverá uma igualdade de salários entre homens e mulheres em cargos específicos em um primeiro momento, mas pode ser que as mulheres superem os homens em cargos de chefia e liderança, inclusive em termos de salários. E depois, novamente um equilíbrio.”, ele complementa: “desse jeito a discriminação salarial continuaria, mas dessa vez prejudicando aos homens. Ainda que seja novamente reequilibrada”.
Benito Pepe também destaca que há muitas mulheres que ganhem mais que os homens num mesmo cargo. Assim, a discriminação não seria geral, podendo abranger alguns casos específicos de favorecimento para as mulheres. O empresário baseia sua afirmação nas observações que faz em treinamentos nas empresas. Ele nota que a tendência é maior nas pequenas e médias empresas, mas também não deixa de ocorrer em grandes instituições. Endossando esta afirmação de Pepe, temos uma pesquisa da Catho Online que demonstram muitos cargos em que elas ganham mais que os homens. Por exemplo, nos cargos de Professor com Doutorado e Professor somente Graduados, mulheres ganham 25% e 16% a mais que os homens, respectivamente. Em cargos de Analista de Comunicação Pleno e Repórter, 13% e 9% a mais.
Mesmo assim as disparidades não deixam de ser um problema a ser resolvido. Um problema que acontece não somente hoje, mas há tempos. Uma medida que é proposta a fim de minimizar essa discriminação são ações afirmativas para mulheres em empresas. No entanto para a advogada Dra. Luciana Correa essa medida é desnecessária, pois só faria gerar mais preconceito. Um exemplo que ela dá como amostra da igual capacidade de mulheres é a atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carmen Lúcia.
Por Matheus Lopes.
Abraços, Benito Pepe.
E Então o que você acha, Todas as mulheres ganham menos que os homens? Deixe a sua opinião nos comentários.
Muito bom ver que tive um trabalho meu publicado em algum lugar! Espero a partir disso poder fazer reportagens melhores e mais elaboradas. Obrigado pela colaboração! Foi muito valiosa!
Olá Matheus Lopes, parabéns pela reportagem. Eu que agradeço a oportunidade de conhecê-lo, você será um excelente profissional.
Abraços, prof. Benito Pepe.
bom pode até ter mulher ganhando menos,+ saõ muito poucas acredito eu; hoje a mulherada tá de igual, ou ganhando até + isso é passado…rsrs abraço
Olha Marlene, é por aí mesmo…Parabéns pra mulherada hehe
Abraços, Benito Pepe
Olha meu camarada! Vivemos num País onde existem creio eu, cerca de 100 milhões de marmanjos, e somos comandados por uma mulher. Colocar em xeque a capacidade intelectual da mulher hoje em dia, é ir de encontro ao nada, claro que existem, e tem que existir milhares de mulheres ganhando muito mais do que os homens, pois em muitos casos elas ocupam de forma mais zelosa e dedicada os seus afazeres. Agora, existem também aquelas que se aproveitam de suas curvas esculturais para exercer um cargo que as vezes estão muito longe de entender alguma coisa daquilo que fazem, mais aí a culpa não são delas, e sim dos olhos do patrão ou do chefe. Para mim num contexto geral a mulher pode muito bem ganhar mais que o homem. Só para completar os predicados das mulheres, gostaria de saber se alguém pode me informar?, Algo que a mulher tenha inventado dentre as infinitas coisas que existem no mundo. Quanto a reportagem, parabéns a todos.
Abraços do amigo
J.M.Dias