Viva o Agora. Agora! É preciso saber Viver. Começo esse texto já pedindo que você faça uma pequena reflexão: o que é o agora? E quando tiver a resposta saiba Viver o Agora, agora ok?
Isso é óbvio você deve estar pensando. O agora é o agora, ou seja, é o momento que estou vivendo é este instante, este momento. Ótimo!! Se o agora é o momento que estamos vivendo então neste momento o agora é esta leitura que você faz, correto? Então você está vivendo esta leitura e está concentrado nela ou está fazendo outra coisa no mesmo momento? Se está fazendo outra coisa no mesmo momento, no mesmo instante, então você não está vivendo o Agora. O agora para ser vivido precisa ser intenso. Vamos ver isso?
Para começar vamos a um segundo pensamento e ao mesmo tempo uma sugestão: Curta o momento que está vivendo, não se preocupe com o momento que ainda vai curtir.
Este pensamento que procuro trazer para você surge a partir deste versículo que proferi quando estava com minha família no parque temático Beto Carrero World. Na ocasião estávamos nos divertindo muito como é normal nestes parques com muitas atividades uma atrás da outra. A frase surgiu quando estávamos indo para uma atração, mas no caminho tropeçamos nas coisas que pretendíamos fazer depois, antes ainda de estar Vivendo aquela atração do momento. Sei que isso ocorre muito nos parques de diversão e atividades parecidas, essa não é a questão principal de nossa reflexão. A questão aqui é: você está Vivendo o Agora? Agora?
Para isso vamos lembrar de algumas atividades simples que fazemos automaticamente sem pensar nelas, uma delas é dirigir. Se você, como é o meu caso, já dirige há um bom tempo, você vai lembrar de quando aprendeu a dirigir, provavelmente você pensava em cada passo que tinha que dar: – preciso pôr a marcha em “ponto morto”, colocar o sinto de segurança, verificar os espelhos retrovisores, ligar o motor, por a seta para a direção que eu vou sair, pisar na embreagem, colocar a primeira marcha, soltar o freio de mão, verificar se está tudo livre para eu sair com o carro, ir acelerando e soltando o pé da embreagem lentamente e em sincronia, pisar novamente na embreagem para passar a segunda marcha e assim por diante… eita!! Era mais ou menos assim não era? Só que o tempo foi passando e você agora faz todo esse processo instintivamente, automaticamente não é mesmo?
Esse é um dos pontos que pretendia chegar, para muitas atividades na Vida deixamos de sentir o prazer do momento que estamos Vivendo, não pensamos no momento, não aproveitamos no sentido mais amplo da palavra, não saboreamos, e em falar em saborear o saber também precisa ser saboreado. Tomamos como exemplo o prazer de dirigir, bem… se você tem o dirigir como prazer, como é o meu caso, principalmente em uma bela estrada, em uma viagem ou mesmo em um belo passeio, quando estou dirigindo, eu ainda curto o prazer dos movimentos. Eu trabalhei muitos anos com automóveis seminovos e por isso trocava muito de carro várias vezes por ano e quando pegava um carro novo procurava conhecê-lo e logo fazia uma viagem para batizar o carro. Se você já trocou de carro algumas vezes vai me entender… o prazer volta ao procurar sentir o automóvel que se está dirigindo, entende agora o que eu queria dizer quanto a esta reflexão?
Muito bem, se estamos lembrando ou relembrando de uma atividade que nos dá prazer, ela é revivida ou melhor Vivida intensamente. Em outras palavras se não nos libertarmos do fazer automático, do fazer por fazer, ou mesmo do fazer sem pensar no que estamos fazendo, não Vivemos o Momento. O Viver para ser Vivido precisa ser Sentido. Precisamos fazer nossas atividades como se fossem a primeira e última vez. Não podemos começar o dia tomando o nosso café da manhã na correria, sem senti-lo, sem apreciá-lo, sem degustá-lo. E assim deve ser com todas as outras refeições e atividades que fazemos. Dito isto te proponho esta experiência, tente sentir cada momento de suas refeições, agradeça por poder estar ali, agradeça cada momento de sua vida, cada atividade que você faz, enfim curta o momento que está Vivendo. Você vai perceber aos poucos que o Agora, tem muita importância e prazer e lógico precisa ser apreciado, até porque não sabemos quanto tempo temos para Viver o Momento que estamos Vivendo. Portanto Viva o Agora, Agora!!
Grande abraço, Benito Pepe
Muito bem comentado. A reflexão é muito importante.
Como alguns pensadores dizem:
Depressão é excesso de passado, ansiedade é excesso de futuro. A solução é viver o presente.
Estar presente e vivendo o momento é aquilo que chamamos atualmente de “mindfulness”.
Temos de comer e sentir cada mastigada. Beber e sentir a bebida e seus sabores.
Abraços!!!
Muito bom seu comentário e acrescentou um detalhe importantíssimo com este tema “Mindfulness” é um conceito muito interessante e tem muito a ver com o meu texto e reflexão. Interessante também a questão do passado quanto à depressão, no entanto acredito que depende do passado, não é mesmo? se tivermos lembranças boas, talvez até nos livre da depressão. As memórias positivas, alegres, felizes podem nos motivar, eu acho. Quanto “a ansiedade é excesso de futuro” ai sim tem toda a lógica.
Grande abraço,
Benito Pepe
Benito, sem dúvidas!
Eu vivo muito o agora de forma intensa com a minha filha: cada dentinho nascendo, cada aprendizagem das vogais, desenvolvimento da escrita, as broncas para nivelamento de responsabilidades, brincar, interagir, conversar..a inocência da criança…tudo isso deve ser feito com muito brilhos nos olhos. É um grande barato que nunca irá voltar. Você sabe bem pois tem bastante propriedade no assunto.
Então devemos sim, viver o agora e curtir bastante. Se deixar de curtir todos os pontos acima, passa que ninguém percebe
Abração e foi ótima a escrita. Bem reflexiva.
Grande Carlos,
Rapaz é verdade! essa experiência de ver os filhos crescerem é um do pontos que podem expressar e marcar bem o “Viva o agora. Agora!” pois fica bem clara e didática a nossa explanação, ou seja se não pararmos para viver o momento que vivemos e o fizermos, ao contrário, de maneira automática como robôs, como máquinas que vivem uma rotina impensada, não reflexiva, não sentida, certamente quando pararmos para Ver… já nos vamos e não vivemos.
Grande abraço,
Benito Pepe
muito bom o texto!! realmente muitas vezes fazemos as coisas tão automaticamente que não apreciamos, como uma ida à padaria, onde encontramos diversas pessoas e histórias interessantes que nunca vamos conhecer, já que nem um “bom dia” pro atendente do caixa falamos.
entretanto, tenho uma ideia oposta à aproveitar literalmente todos os momentos do dia a dia.
acho que fica cansativo se sempre dermos o máximo de atenção e aproveitamento à todas as atividades, de modo que acabaríamos involuntariamente dando uma importância gigante para um problema pequeno, por exemplo.
então, na minha opinião, deveríamos selecionar e escolher o que é importante pra própria vida. assim, iríamos apreciar mais os detalhes que antes eram irrelevantes, porém não tiraria o valor de outras que são realmente impactantes.
Aí Bebella, esse teu comentário trouxe outras reflexões, legal!
O primeiro ponto de sua consideração é o exemplo da “ida à padaria..” também é um ponto interessante, como poderia ser todas as nossas outras saidinhas como ao banco, ao mercado, etc a maioria das vezes fazemos tudo automaticamente e não “estamos onde estamos” de fato, parece que muitos vivem embriagados e quando ficam lúcidos é que param para perceber que não viveram aquele momento…
Você trás um entretanto justificado, principalmente para as atividades ou situações desagradáveis. Estas também precisam ser vividas, mas não podem ser intensificadas ao contrário das situações que nos agradam e nos fazem bem, em outras palavras “viver o agora, agora” e com intensidade quando é positivo e agradável e nos edifica, mas deixo uma ressalva as situações ruins também precisam ser depuradas pois elas fazem parte da vida e podem e devem nos amadurecer e nos edificar assim ocorre na natureza, em fim a metamorfose é necessária, ok
Abração, Benito Pepe
isso aeeee
A correria dos tempos contemporâneos tem nos feito perder o prazer de viver e sentir o prazer das belas coisas da vida.
Perdemos quando não percebemos o VALOR de coisas simples, respirar por exemplo, apreciar a beleza da natureza e o encanto do amor dos que nos cercam.
Maravilhosa reflexão.
Grande Silas Franco!!
Você sintetizou muito bem em poucas palavras, nossa reflexão. Precisamos de fato estar onde estamos e sentir e respirar (em todos os sentidos) o ar do momento e do lugar, Show meu camarada!
Grande abraço,
Benito Pepe
Querido Benito, vivemos na sociedade pós moderna pasteurizada e imediatista (se é que existe tal classificação…rs) e até os carros estão cada vez mais “automatizados” (liga, D e acelera…rs). Mas suas reflexões são muito oportunas nesse momento em que estamos perdendo a essência de sermos humanos (apenas humanos, como dizia Nietzsche) e criamos diversas “muletas” para compensar o pouco SER com muito TER. Forte abraço.
Meu filósofo Griamaldi!
A propósito desconhecia este teu viés, bacana!. Gostei muito de suas palavras que nos trazem outras reflexões e aprofundam nosso texto.
Quanto à sociedade pós moderna é fato, mais que isso estaríamos em uma época da hipermodernidade e passamos ou vivemos a crise da modernidade, estamos no momento da “sociedade líquida”. È fato que as pessoas estão se robotizando e as máquinas estão se humanizando, se é que poderíamos dizer isso.
No mais seu comentário requer um bom aprofundamento, precisamos aprofundar o tema…
Abraços,
Benito pepe