Você já deve ter se perguntado: por que os Dias da Semana tem os Nomes que têm? Tanto em português como em outras línguas, temos nomes especiais e específicos para os dias da semana, sendo que em português houve uma adaptação e mudança por motivo “Cristão”, como veremos. No entanto, em muitas outras línguas não é assim, vamos então entender a Origem dos Nomes dos dias da Semana.

Introdução – Síntese – Resumo

Esta pequena introdução já vai esclarecer algumas dúvidas, mas quem pretende aprofundar o tema e o conhecimento, leia esta parte agora e aguarde que farei novas publicações com este tema, então salve este link e volte sempre. Vamos agora a um pequeno resumo.

Na maioria dos países do mundo ocidental se mantém os nomes dos dias da semana como eram, desde tempos remotos, em homenagens aos deuses da antiguidade. Em diversas culturas esses deuses estavam atrelados aos objetos celestes mais visíveis: Sol, Lua, Marte, Mercúrio, Jupiter, Vênus, e Saturno, que para eles eram divindades.

Cada civilização antiga tinha seus deuses e seus nomes específicos, muitas dessas “nações” homenageavam 7 desses deuses, como citado acima.

Dessa maneira o primeiro dia da semana era uma homenagem ao Sol, note que em inglês ainda se mantém assim: Sunday = dia do Sol; vamos mudar para o espanhol, embora poderíamos continuar com o inglês… O segundo dia, homenagem à Lua, Lunes; terceiro dia, Marte, Martes; quarto dia, Mercúrio, Miércoles; quinto dia, Júpiter, Jueves; sexto dia, Vênus, Viernes; para o sétimo dia voltamos ao inglês, Saturno = Saturday.

Quer saber mais? Veja então as Respostas para: Qual a origem mais antiga para os Nomes dos Dias da Semana?

Parte 1

Vamos começar com a origem mais antiga para os nomes dos dias da semana.

Depois, em outra publicação, abordaremos o porquê de serem 7 os dias da semana. Primeiro vamos falar da origem desses nomes dados aos dias da semana. Bem, sua origem vem de calendários bem antigos, provavelmente do calendário da Babilônia, que por sua vez também nasce de outra tradição mais antiga ainda e que é baseada no calendário da Suméria, provavelmente do Século XXI a.C. ou seja há mais de 4 mil anos, portanto.

Claro que os seres humanos tiveram que “marcar o tempo” de maneira a se organizarem, e isso ocorre observando o Céu, é fácil perceber um “nascer e um pôr do Sol”; as fases da Lua; e o “movimento das estrelas” no Céu. Os nossos antepassados, principalmente quando desenvolvem uma agricultura, vão se preocupar com o tempo. Tempo de semear e o tempo de colher, e isso se dá a partir da observação das estações do ano.

Os deuses, a natureza e a Agricultura

Na antiguidade se observava e se vivia uma sintonia muito profunda e intima com a natureza, tinha-se o senso de pertencimento e imanência com a mesma, e se acreditava profundamente no Mistério, em uma Epifania e Teofania: Natureza, Criação, Homem.

Dessa maneira, os homens, em uma espécie de reciprocidade com a Terra, acreditavam profundamente que os deuses nela influíam, e então, tudo para eles, era obra dos deuses. Por isso teriam naturalmente que recorrer e homenagear tais divindades.

Assim, os nomes dos dias da semana, originalmente, foram em homenagem aos seus deuses. Para os antigos, tanto sumérios, chineses, assírios, babilônios, egípcios, gregos, romanos, entre outros povos, os “planetas” (corpos celestes que não seguiam uma ordem clara e definida no Céu – como as estrelas – por isso chamados planetas, ou seja, “estrelas” errantes). Para eles esses planetas eram considerados deuses, e um deus, como dissemos, tinha que receber uma homenagem, por isso cada dia da semana era atribuído a um deus.

Os deuses como causadores de tudo

É bom reafirmar que na antiguidade os deuses eram dados como os originadores e causa de tudo, por exemplo, os deuses gregos e sua mitologia. Quanto a isso veja o texto – Do mito a filosofia, o caso da Cosmologia.

Bem, temos também a influência da astrologia, não só como estudo dos astros em si e seus movimentos, mas como “deuses” que agiriam no mundo (como vimos, os astros celestes para eles eram divindades). É bom lembrar que a Astronomia não tem nada a ver com a Astrologia. A Astronomia é uma ciência que estuda o Universo o Cosmos, enquanto a Astrologia está mais no campo de pseudociência.

Os Sumérios são os mais antigos dos povos, dos quais temos conhecimento, que atribuíram nomes aos “astros” que se moviam no céu de maneira diferente das estrelas. Esses corpos errantes, “planetas”, foram identificados por esses povos como divindades. Talvez já há uns 5 mil anos, eles identificaram 5 corpos celestes desse tipo, além do Sol e da Lua.

Sol, Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno

Note que aí já temos alguns dos nomes dos dias da semana, claramente percebidos, em espanhol, italiano e francês.  Em espanhol, por exemplo, como vimos acima temos:

Lua = Lunes (dia da Lua); Marte = Martes (dia de Marte); Mercúrio = Miércoles (dia de Mercúrio); Júpiter = Jueves (dia de Júpiter); Vênus = Viernes (dia de Vênus).

Em italiano e em francês é mais óbvio o “dia de …” Por exemplo em italiano temos:

Lua = Lunedi (dia da Lua); Marte = Martedi (dia de Marte); Mercúrio = Mercoledi (dia de Mercúrio); Júpiter = Giovedi (dia de Júpiter); Vênus = Vernedi (dia de Vênus).

X (?) = “Sábado” (Y – ?);

Z (?) = “Domingo” (W – ?)

Assim, os dias durante a semana estão todos “astronomizados”, mas e Saturno e o Sol? Não estão nos nomes do fim de semana, em muitas línguas, por quê?

Percebemos que o Sábado e o Domingo não têm a ver com os nomes dos “astros celestes”, vamos abordar isso em um próximo texto, quando falaremos da cultura Judaica e Cristã.  Também abordaremos outras questões como: Por que em português os dias da semana são Feiras?   Por que são 7 os dias da semana? Entre outros tópicos.

Antes ainda temos a Parte 2 – Os Dias da Semana na Cultura Milenar da Suméria, Babilônia e nos Judeus

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Abraços, Benito Pepe

Bibliografia e Referências Bibliográficas

PEPE, Benito dos Santos. Do Mito à Filosofia, o Caso da Cosmologia. Disponível em: https://www.benitopepe.com.br/2012/02/20/do-mito-a-filosofia-o-caso-da-cosmologia/ Acesso em: fevereiro de 2024.

VIEIRA, Fernando. Identificação do Céu. 3ª ed. Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro, 2002.

Outras Bibliografias seguem na Parte 2 deste texto.